Palco Resistência leva arte e decolonialidade à 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Grupo de teatro da Faculdade SESI de Educação realizou duas apresentações em Brasília, inspiradas nos pensamentos de Nêgo Bispo e Paulo Freire
Por Lais Fiocchi, Comunicação Faculdade Sesi de Educação
Grupo Palco Resistência se apresenta em Brasília. Foto: DivulgaçãoO grupo de teatro Palco Resistência, da Faculdade SESI de Educação, integrou a programação da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, realizada em Brasília, com duas apresentações que dialogaram com os pensamentos de Nêgo Bispo e Paulo Freire.
Na Tenda Paulo Freire, espaço dedicado ao educador e ao legado da educação popular, a performance destacou a confluência de saberes, evocando a reflexão de Nêgo Bispo: “um rio não deixa de ser um rio porque conflui com outro rio. Ele se fortalece. Quando a gente confluencia, a gente rende”. A intervenção abordou a importância da educação para o fortalecimento da saúde mental e o combate à desinformação, valorizando redes de ancestralidade, dignidade e luta.
Já no Palco Principal, o grupo ampliou a proposta em um recorte cênico que reafirma o teatro como prática de resistência e transformação social, unindo o legado freireano à perspectiva decolonial. Em ambas as apresentações, a arte foi reafirmada como território de emancipação coletiva, misturando águas e fortalecendo vozes.
Para o professor Levi Côrrea, responsável pelo grupo, a participação na conferência foi um marco. “Participar de um evento nacional fora do nosso estado ampliou nossas vozes, fortaleceu conexões e reafirmou a relevância da arte como ferramenta de formação, resistência e transformação social. Inspirados por Nêgo Bispo e Paulo Freire, mostramos que a educação e o teatro são rios que se fortalecem quando confluem com outros saberes”.

Professor Levi Corrêa. Foto: Divulgação
Cássia Lara, aluna do 4º ano de Linguagem, ressaltou a dimensão pessoal e coletiva da experiência. “Foi a realização de um sonho, com medo, alegria e ansiedade. A insegurança inicial logo deu lugar à resposta do público, cada vez mais envolvido com a cena e aberto ao debate. Voltamos de Brasília com uma vivência única, diferente de tudo que o Palco Resistência já experimentou. Fazer parte disso é gratificante para mim, mas é grandioso para o grupo como um todo, é a resposta ao nosso esforço e dedicação”.
O que é o Palco Resistência
Criado em 2024 pelo professor Levi Corrêa Lopes, docente do curso de Licenciatura em Linguagem da Faculdade SESI de Educação, o Palco Resistência é um projeto de pesquisa e extensão que utiliza o Teatro Fórum como ferramenta pedagógica. Inspirado no Teatro do Oprimido de Augusto Boal, o grupo convida o público a interagir nas cenas e propor soluções para situações de opressão vividas no cotidiano escolar e social, transformando espectadores em “espect-atores”. Saiba mais clicando aqui