30|10|2020

Visual Vernacular, poesia própria da Língua de Sinais, é tema da aula aberta na próxima semana

Com a participação de Fábio Sá, professor e poeta surdo, que é referência no assunto, o encontro online para alunos e quem se interessar, acontece na quarta, dia 4/11, às 16h.

Transmitida via Teams, os alunos receberão o link da aula.

O público externo precisa se cadastrar para receber, enviando e-mail para: faculdadesesisp@sesisp.org.br

A Faculdade SESI de Educação convida o professor e poeta surdo, Fábio de Sá, para uma atividade realizada em conjunto pelos cursos de Linguagens e Ciências Humanas. O encontro será online nesta quarta-feira 4/11, às 16h, e trará uma abordagem sobre o Visual Vernacular – um recurso artístico e poético próprio das Línguas de Sinais. O conceito está presente no dia a dia da língua e, especialmente, na literatura surda (e pode também ser usado no teatro e na música).

Fábio é poeta, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e do Centro de Educação para Surdo (CES) Rio Branco, ator e narrador. Desenvolve pesquisa poética em Libras a partir do conceito Visual Vernacular. Ele já realizou apresentações em países como: Chile, Colômbia e França.

A professora Ane Flora ressalta que a participação do professor Fábio faz parte do cronograma das aulas que ela e a professora Renata Palumbo vêm trabalhando com os estudantes. “Estamos abordando sobre os diferentes tipos de poesia e as possibilidades dessa arte, neste momento, nas aulas remotas. No dia 21, realizamos um encontro com a professora Cleia Teixeira e o professor José Wilton, que explicaram aos alunos sobre a organização do concurso de poesia, intitulado Projeto Poesia na Escola, que vem sendo realizado em escolas municipais da DRE Guaianases desde maio deste ano. Semana que vem, falaremos sobre o filme “O carteiro e o Poeta”, destaca a professora Ane.

LITERATURA SURDA
E se você ficou curioso para entender mais sobre assunto a professora Ane explica que de acordo com Strobel (2009, p. 61), a literatura surda nos traz mais informações onde observa-se a tradução de memórias das vivências surdas através das várias gerações dos povos surdos. Essa literatura se multiplica em diferentes gêneros, que não são totalmente correspondentes aos gêneros da literatura consagrada produzida pelos ouvintes e é constituída pelas histórias produzidas em línguas de sinais pelas pessoas surdas, pelas histórias de vida que são frequentemente relatadas, pelos contos, lendas, fábulas, piadas, poemas sinalizados, anedotas, jogos de linguagem e muito mais.

POEMA EM LIBRAS
Sobre a poesia em Libras a professora salienta que é uma expressividade das Línguas de Sinais (no nosso caso, da Língua Brasileira de Sinais – Libras) e afirma uma forma de arte recente, que começou na década de 1970, nos Estados Unidos, conforme Sutton – Spencer (2008). No Brasil, a poesia surda iniciou entre as décadas de 1980 e 1990, os surdos recorriam ao registro de poemas escritos. “Lentamente a situação foi mudando: alguns surdos começaram a apresentar poemas em Libras, através de traduções de poemas escritos. Atualmente, na comunidade surda, os poemas em Libras fazem mais sucesso e têm mais receptividade”, conta a professora.

A atividade com o professor Fábio será transmitida pelo Teams. Para o público externo da faculdade interessado em participar do evento, basta entrar em contato através do e-mail: faculdadesesisp@sesisp.org.br

SERVIÇO
Atividade: Visual Vernacular (VV)
Dia 04/11/2020, às 16h
Contato; faculdadesesisp@sesisp.org.br

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